Angola à porta de um tempo novo
É grande a expectativa que rodeia as eleições angolanas do próximo dia 5 de Setembro. Depois de longos anos de espera, o povo angolano vai votar de novo sobre o presente e o seu futuro. E vai poder escolher.
Porém, não creio tão importante saber quem os angolanos vão escolher. Mas considero muito mais importante acompanhar Angola e os angolanos nesta entrada num tempo da sua escolha, num tempo novo em que a escolha se torne sempre possível. É isso que fará toda a diferença, independentemente de quem ganhe.
Claro que é importante quem ganhar. E é muito importante a forma como tudo se passar. Mas mais importante do que isso é que estas não sejam mais outras “eleições para todo o sempre”, outra vez umas “eleições para dezasseis anos”: as últimas – as únicas – realizaram-se em 1992, num processo eleitoral que, aliás, nem chegou completamente ao fim.
O prisma em que olho as eleições angolanas é esse: o da porta de um tempo novo. Um tempo novo, em que se realizarão novamente eleições parlamentares daqui a quatro anos, em 2012. Um tempo novo, em que as eleições presidenciais venham a ser marcadas para 2009 e, a partir daí, regularmente, de cinco em cinco anos, outra vez em 2014. Um tempo novo em que eleições locais autárquicas, tão decisivas para o enraizamento da democracia e a gestão do quotidiano, possam vir a fazer-se igualmente e a iniciar, também a esse nível, uma era de mandatos democráticos.
É grande a expectativa que rodeia as eleições angolanas do próximo dia 5 de Setembro. Depois de longos anos de espera, o povo angolano vai votar de novo sobre o presente e o seu futuro. E vai poder escolher.
Porém, não creio tão importante saber quem os angolanos vão escolher. Mas considero muito mais importante acompanhar Angola e os angolanos nesta entrada num tempo da sua escolha, num tempo novo em que a escolha se torne sempre possível. É isso que fará toda a diferença, independentemente de quem ganhe.
Claro que é importante quem ganhar. E é muito importante a forma como tudo se passar. Mas mais importante do que isso é que estas não sejam mais outras “eleições para todo o sempre”, outra vez umas “eleições para dezasseis anos”: as últimas – as únicas – realizaram-se em 1992, num processo eleitoral que, aliás, nem chegou completamente ao fim.
O prisma em que olho as eleições angolanas é esse: o da porta de um tempo novo. Um tempo novo, em que se realizarão novamente eleições parlamentares daqui a quatro anos, em 2012. Um tempo novo, em que as eleições presidenciais venham a ser marcadas para 2009 e, a partir daí, regularmente, de cinco em cinco anos, outra vez em 2014. Um tempo novo em que eleições locais autárquicas, tão decisivas para o enraizamento da democracia e a gestão do quotidiano, possam vir a fazer-se igualmente e a iniciar, também a esse nível, uma era de mandatos democráticos.
É isso que desejo aos angolanos: a partir de 5 de Setembro, franqueiem de vez esse portal e passem definitivamente para o lado de cá, o espaço dos países de cultura e prática democrática. Aspiro a que Angola possa chegar depressa ao grau de maturidade institucional, política e democrática que se respira há muito em Cabo Verde, um verdadeiro exemplo. Ou que, pelo menos, ascenda a um patamar paralelo ao de Moçambique, onde, apesar de insuficiências, o país já vai na quarta ronda de eleições presidenciais e legislativas, já fez eleições locais onde a alternância democrática funcionou e está à beira das primeiras eleições provinciais.
No dia em que Angola atingir o mesmo plano de consistência política democrática de Cabo Verde – como está, de resto, plenamente ao seu alcance – tornar-se-á uma forte referência de progresso real na África Austral e Central, podendo aí ombrear e ser melhor que a África do Sul. E, além obviamente dos angolanos, África e o mundo bem precisam disso: dessa Angola forte, dinâmica, aberta, referência.
Para Angola, não devemos desejar menos do que o melhor: seja 5 de Setembro o primeiro dia do tempo novo.
Porém, não creio tão importante saber quem os angolanos vão escolher. Mas considero muito mais importante acompanhar Angola e os angolanos nesta entrada num tempo da sua escolha, num tempo novo em que a escolha se torne sempre possível. É isso que fará toda a diferença, independentemente de quem ganhe.
Claro que é importante quem ganhar. E é muito importante a forma como tudo se passar. Mas mais importante do que isso é que estas não sejam mais outras “eleições para todo o sempre”, outra vez umas “eleições para dezasseis anos”: as últimas – as únicas – realizaram-se em 1992, num processo eleitoral que, aliás, nem chegou completamente ao fim.
O prisma em que olho as eleições angolanas é esse: o da porta de um tempo novo. Um tempo novo, em que se realizarão novamente eleições parlamentares daqui a quatro anos, em 2012. Um tempo novo, em que as eleições presidenciais venham a ser marcadas para 2009 e, a partir daí, regularmente, de cinco em cinco anos, outra vez em 2014. Um tempo novo em que eleições locais autárquicas, tão decisivas para o enraizamento da democracia e a gestão do quotidiano, possam vir a fazer-se igualmente e a iniciar, também a esse nível, uma era de mandatos democráticos.
É isso que desejo aos angolanos: a partir de 5 de Setembro, franqueiem de vez esse portal e passem definitivamente para o lado de cá, o espaço dos países de cultura e prática democrática. Aspiro a que Angola possa chegar depressa ao grau de maturidade institucional, política e democrática que se respira há muito em Cabo Verde, um verdadeiro exemplo. Ou que, pelo menos, ascenda a um patamar paralelo ao de Moçambique, onde, apesar de insuficiências, o país já vai na quarta ronda de eleições presidenciais e legislativas, já fez eleições locais onde a alternância democrática funcionou e está à beira das primeiras eleições provinciais.
No dia em que Angola atingir o mesmo plano de consistência política democrática de Cabo Verde – como está, de resto, plenamente ao seu alcance – tornar-se-á uma forte referência de progresso real na África Austral e Central, podendo aí ombrear e ser melhor que a África do Sul. E, além obviamente dos angolanos, África e o mundo bem precisam disso: dessa Angola forte, dinâmica, aberta, referência.
Para Angola, não devemos desejar menos do que o melhor: seja 5 de Setembro o primeiro dia do tempo novo.
José Ribeiro e Castro
ex-Presidente do CDS, eurodeputado
LUSO MONITOR, 8.Agosto.2008
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