SCUT p’a mim, SCUT p’a ti, buraco p’ra todos
O problema das SCUT é basicamente um problema financeiro. E foi sempre mal resolvido. Foi mal resolvido quando começou nos governos Guterres, que, pelo ministro João Cravinho, cunharam em Portugal o conceito e lançaram o seu desenvolvimento a partir de 1999. Digo “mal resolvido”, porque, apenas poucos anos passados, o país estava repetidamente à porta de violar os limites do défice. Cresceu continuamente a pressão de adoptar medidas extraordinárias para acorrer ao défice excessivo e todos buscavam o furinho por onde se esvaíam as finanças. As ideias eram muitas, porque eram muitos os furinhos e para variados gostos. Uma das ideias apontava às SCUT, cujo impacto orçamental era já elevado – e sobretudo o peso anual dos encargos aumentava significativamente no horizonte. SCUT queria dizer “sem custos para utilizador”, mas podia também dizer-se sem custos para o decisor. O decisor só tinha vantagens: fazia um brilharete à borla; e as facturas mais pesadas fica