8 de Junho de 2025 – reserve a data

 


Há actividade que se vê e há a que ainda não se vê. Esta, porém, começa a ver-se. Teve forte impulso a 19 de Maio e novo incentivo em 23 de Junho.

19 de Maio foi domingo de Pentecostes. Voltámos a Zamora, com a Grã Ordem Afonsina, de Guimarães, presidida por Florentino Cardoso, para celebrar o 899.º aniversário do facto histórico de 1125: na catedral de Zamora, Afonso Henriques, muito jovem, com 15 anos de idade, armou-se cavaleiro. Era arcebispo de Braga D. Paio Mendes. Com este gesto emulava o que, em 1124, fizera seu primo Afonso Raimundes, na catedral de Santiago de Compostela. Era arcebispo de Santiago Diego Gelmírez. Afonso Henriques procurou colocar-se ao mesmo nível do primo, que, em 1126, seria coroado Rei de Leão. Ambos eram netos de Afonso VI, de Leão, que atribuíra a Galiza (1090) e o Condado Portucalense (1096) aos cavaleiros da Borgonha, Raimundo e Henrique, guerreiros da Reconquista, que seriam pais, respectivamente, de Afonso VII e D. Afonso Henriques.

Fomos verificar da existência de condições para celebrarmos, em Zamora, na nova Catedral também do sec. XII, os 900 anos deste gesto de Afonso Henriques. Encontrámos abertura e entusiasmo, por parte da Fundación Rey Afonso Henriques (dirigida por José Luís González Prada) e dos Ayuntamiento de Zamora e CIT de Zamora e municípios limítrofes (dirigido por Clarissa Rodríguez).

Agora, em Guimarães, na véspera do 896.º aniversário da batalha de São Mamede (24 de Junho), acompanhámos a visita de uma delegação zamorana à cidade-berço. Passado o sábado com evocações históricas, nomeadamente no Campo da Ataca, o domingo teve como pontos altos a missa e o encontro oficial no Salão Nobre da Câmara Municipal. Interviemos todos, mas os marcos principais foram, pela voz do Vereador Christoph Strieder (Zamora) e da Vice-presidente Adelina Paula Pinto (Guimarães), os compromissos de fazer avançar a geminação entre as duas cidades, para a assinar já em 8 de Junho de 2025.

Estamos a caminho de um dia histórico. Não será um feito da fundação de Portugal, mas, como bem vemos hoje, serão os 900 anos de um gesto de Afonso Henriques, no início da sua vida pública, que constitui o seu anúncio. Queremos lá levar o Presidente da República, para presidir às cerimónias. E já combinámos a realização de um Congresso histórico, em Zamora. Foi aí que nos demos conta de como o calendário parece ter sido feito à nossa medida. Domingo de Pentecostes, em 2025, será em 8 de Junho. E, por isso, o Congresso, terminando na terça-feira, termina em que dia? Isso mesmo: 10 de Junho.

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